Dos bastantes programadores de software que existiam nos anos 90, só 4 deles se aguentaram firmemente até 2004, com produtos que seriam adaptados às necessidades no contexto da globalização e ofereciam grandes bases de dados, o processamento Batch (que é um modo de execução que não tem qualquer interação com o usuário, e as instruções ou programas são enfileirados e executados através de um estímulo. Esse estímulo pode ser uma data e horário programado ou um outro programa.) e várias outras base de dados interativas. Das quatro, duas (a Transit e o SDLX) são soluções internas e as duas restantes são o Trados e o Déjà Vu.
De acordo com Hummel, o Trados quer passar de ser apenas um fornecedor de ferramentas para se tornar um fornecedor de soluções – isto significa, uma mudança do desenvolvimento de software puro para um papel de consultor, para garantir que as tecnologias do Trados se encaixam nas necessidades específicas de cada corporação.
Apesar do Trados oferecer descontos em atualizações e ofertas promocionais, o preço de venda para o Trados 3 é de 840€ aproximadamente, 670€ para o Trados 5 e 755€ para o Trados 6. Ainda que pareça caro, o Trados tende a não incluir todas as aplicações que os freelancers podem precisar: o WinAlign teve que ser comprado separadamente quando o Trados 3 foi lançado, assim como o MultiTerm iX, ExtraTerm, XTranslate e T-Window para o Trados 5.
What lies ahead
Com a chegada da Web Semântica (é uma extensão da World Wide Web que permite aos computadores e humanos trabalharem em cooperação) a posição do Trados no mercado pode ser comprometida. Mas independentemente do que aconteça, vai sempre haver um tradutor a precisar de uma interface de memórias de tradução para aplicar uma determinada terminologia ou reutilizar outras traduções feitas anteriormente.
A maioria das marcas de TM possuem um grau de compatibilidade com o Trados, algumas delas, aclamando serem melhores a ler ficheiros do Trados do que o próprio Trados (Déjà Vu). No entanto o trados não recomenda o uso de uma forma de TM no pc e outra diferente no servidor, por motivos de conflito de compatibilidade dos ficheiros.
Outra arma no arsenal do SDLX é o TMX que difere do Trados por ser certificada pela LISA (Localization Industry Standards Association – agência responsável pela certificação de software de tradução) como um produto TMX (TM Exchange – linguagem XML responsável pela transmissão de dados entre o software de tradução computada e as ferramentas de localização).
Em resumo, as grandes corporações protegem-se minimizando os riscos, o que no que toca às TM’s significa que o sector corporativo pode favorecer os softwares com compatibilidades em vez de se arriscarem a ficar presos a um software que pode facilmente ser ultrapassado por outros.
~~~ resumo do artigo Long Term Memories